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A arte como suporte emocional

Algumas reflexões sobre a sublimação e a importância de criações artísticas

24 may 2025

Beatriz Lisboa Pereira Leite

Saúde mental

Sabemos que a arte é uma ferramenta potente para lidar com questões internas, mas como será que isso se dá?

Segundo Correia e Torrenté (2016), diversas publicações têm mostrado repercussões positivas quanto ao efeito benéfico da produção de arte para a reabilitação de portadores de transtornos mentais graves e leves. A partir de uma revisão sistemática da literatura sobre esses efeitos, eles observaram que o uso da arte (artes plásticas, música, teatro, poesia e outras não determinadas) minimizou os sentimentos e comportamentos como agressividade, agitação, ansiedade proporcionando relaxamento e a diminuição do isolamento físico e psicológico.

Uma outra pesquisa de Lith, Fenner e Schofield (2010), pacientes de serviços psicossociais que participavam de um programa de artes envolvendo pintura, desenho, escultura, cerâmica e têxteis, foram entrevistados e relataram que fazer arte ajudava a criar uma vida de equilíbrio e bem-estar.

Assim, as produções artísticas podem servir como uma ferramenta de expressão para aqueles que a produzem e para quem as consome. São atividades que utilizam e despertam a criatividade, que podem nos auxiliar em momentos de estresse bem como para entrar em contato com as emoções.

O que acontece no processo de criação artística; seja através da escrita, das artes plásticas, da música, ou mesmo da leitura, é o que Freud denominou sublimação. Processo através do qual componentes emocionais e afetivos tomam forma através do processo da abstração sendo uma ferramenta possível para lidar com o luto ou perda de alguém querido, ansiedades e autoconhecimento. Isso se dá porque podemos sair de uma dinâmica racional e entrar em contato com o sentimento, estabelecendo um outro diálogo com os conteúdos internos.

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