"Acho que estão me julgando": por que sentimos isso e como lidar com esse pensamento
- nataliakuhn
- há 17 horas
- 3 min de leitura
Você já entrou em um ambiente e pensou:“Acho que estão me julgando…”?
Esse tipo de pensamento é mais comum do que parece — e pode estar diretamente ligado à autocrítica excessiva, ao medo de rejeição e a padrões mentais distorcidos que se repetem de forma automática.
Neste artigo, vamos entender por que isso acontece e como a psicologia pode ajudar a lidar com esse tipo de julgamento interno.

Por que sentimos que estamos sendo julgadas o tempo todo?
Muitas pessoas acreditam que os outros estão sempre prestando atenção em seus erros, gestos ou comportamentos. Na prática, isso pode gerar:
Insegurança constante
Medo de se expor
Ansiedade social
Comportamento de evitação (evitar falar, aparecer ou tentar coisas novas)
Mas o que está por trás disso?
O julgamento mais duro geralmente vem de dentro
Pessoas que se julgam o tempo todo tendem a projetar esse olhar crítico nos outros. Ou seja: não é necessariamente o outro que está te julgando — é você mesma que está se enxergando com dureza.
Esse padrão pode ter origem em mensagens que você ouviu ao longo da vida:
“Você precisa se controlar.”
“Não pode errar.”
“Precisa ser perfeita.”
Com o tempo, esse tipo de exigência cria um estado constante de alerta e vigilância, chamado de hipervigilância.
O que é hipervigilância?
A hipervigilância é um estado mental onde a pessoa está sempre se observando e se corrigindo, tentando evitar qualquer tipo de erro ou rejeição.Ela se manifesta por frases como:
“Será que falei demais?”
“Acho que pareci forçada.”
“Vão perceber que estou insegura.”
Esse padrão alimenta a ansiedade e reforça a ideia de que você precisa estar no controle o tempo todo para ser aceita.
Distorções cognitivas: quando a mente cria armadilhas
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), esses pensamentos são chamados de distorções cognitivas.Alguns exemplos comuns são:
Leitura mental: “Tenho certeza de que pensaram mal de mim.”
Generalização: “Eu sempre estrago tudo.”
Catastrofização: “Se perceberem, vai ser um desastre.”
Esses pensamentos não são fatos — são interpretações automáticas, aprendidas ao longo da vida.
Como lidar com o medo de julgamento?
A boa notícia é que esse padrão pode ser trabalhado em terapia.Uma das técnicas mais utilizadas na TCC é a reestruturação cognitiva, que ajuda a:
Identificar pensamentos distorcidos
Questionar sua veracidade
Construir um olhar mais realista e gentil sobre si mesma e sobre os outros
Com o tempo, você aprende a se relacionar com seus pensamentos de forma mais saudável e a sair do ciclo de autocrítica constante.
Você não precisa acreditar em tudo o que pensa
Um dos passos mais libertadores no processo terapêutico é entender que:
Nem todo pensamento é verdade.E você pode aprender a escolher no que acreditar.
Você não precisa viver sob a vigilância de um olhar interno que te julga o tempo todo.Você pode cultivar um olhar mais compassivo, mais verdadeiro e mais leve.
Buscando ajuda psicológica
Se você se identificou com esse conteúdo e sente que a autocrítica, o medo de julgamento ou a ansiedade estão te atrapalhando, saiba que a terapia pode te ajudar a construir novos caminhos.
Como psicóloga, eu atendo online mulheres que desejam compreender melhor seus pensamentos e se libertar dessa exigência constante de perfeição.
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