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Autoconhecimento – Um ponto de reflexão

Atualizado: 5 de jan.


Você sabe o que significa autoconhecimento?


Por que é tão importante se conhecer? Quais seriam os seu benefícios?


Você já considerou refletir a respeito? Autoconhecimento - Um ponto de reflexão tem como objetivo pensar sobre como podemos nos beneficiar desse processo.


Autoconhecimento - o que é
Autoconhecimento

Autoconhecimento é saber reconhecer dentro de si quais são os seu valores e suas crenças para que, a partir desses, seja capaz de tomar as decisões mais acertadas para conseguir atingir os objetivos que tanto deseja.


Quantas foram as ocasiões que por não saber ao certo o que fazer ou como lidar com determinados assuntos, se viu seguindo regras que não faziam o menor sentido para você e, mesmo assim, incentivado a experimentar, para só então decidir, concluiu que de fato não era para você?


Ou então, experimentou e concluiu que de fato teria que passar por aquela vivência para perceber que aquilo era o que tanto procurava?


A diferença entre essas duas situações tem a ver com a capacidade de um indivíduo de procurar pelo conhecimento, seja o conhecimento de si, seja em relação ao contexto em que está inserido, na medida em que tentará compreender o seu jeito de ser no seu espaço de convívio.


Ir em busca do conhecimento, não se restringe apenas ao contexto acadêmico escolar ou profissional. Vai além, pois o seu modo de interagir com o espaço que frequenta, levará em conta o que aprendeu dentro de casa, na escola, no trabalho, no relacionamento com os colegas e conhecidos em diferentes contextos sociais, culturais e religiosos. Seus valores e crenças surgem a partir desse convívio e evolui à medida que busca por outras formas de aprendizado e, também, ao comparar diferentes culturas.


Mas, se porventura você chega à conclusão de que aquilo não era para você, e ainda assim, continua a buscar por algo que o ajude a chegar aonde quer? O que você faz? Se senti perdido, desorientado, desinformado, pois tentou se expressar de alguma forma, mas não se sentiu ouvido, ninguém se importou com a sua opinião e aí resolveu deixar pra lá. Tomou a atitude correta?


Pois bem!


Estrategicamente, o mais sensato é de fato parar e refletir sobre os acontecimentos para saber como agir de forma adequada e no momento adequado. Muitas vezes, em função do momento pelo qual se esteja passando, você pode concluir que o seu jeito de ser não é para aquele contexto e que seria mais adequado em outro. E só se descobre isso quando você aprende a se conhecer o suficiente para se reconhecer como sendo capaz de lidar ou não com as consequências e adversidades típicas de uma escolha feita.


Aprender a se conhecer é exatamente isto: se reconhecer como sendo capaz de estar em um lugar do qual se sinta fazendo parte e que faça sentido para você.


Acontece que, muitas vezes, as pessoas se vêm perdidas, se deixando levar pelos acontecimentos e, por não perceberem que são capazes de fazer algo por elas mesmas, permitem que os outros a conduzam pela mão sem se questionar se estão indo para o caminho certo ou não.


Mas o que seria o caminho certo ou errado?


Quando um indivíduo cresce em um contexto muito rude e, por não ter tido a oportunidade de experenciar os acontecimentos em outros ambientes e culturas, tende a pensar que não há outra forma de ser diferente. E, então, fica como está, simplesmente aceita. Ou se revolta e é rechaçado e tripudiado por todos a sua volta. Alguns dirão que ao ficar na dele, tomou a decisão correta. Para outros, ele está a apenas um passo de adoecer.


Como descobrir o caminho a seguir?


Não é fácil descobrir que caminho deve seguir. O ponto de partida é começar a se conhecer para que saiba dizer a si mesmo como determinada coisa te afeta diretamente e àqueles à sua volta. Esse conhecimento o ajuda a se aproximar daquilo que tem a ver com o que pensa, valoriza, e, principalmente, não prejudica a sua saúde.


E como começar a se autoconhecer?


Inicialmente, buscando por informações. Ler a respeito do que se quer saber é uma iniciativa muito válida, pois terá a oportunidade de se informar e aprender a partir do olhar de algum autor de referência, ou de diversos autores sobre o assunto que despertou a sua atenção, para que ao final, forme a sua própria opinião.


Você até poderia me questionar dizendo que não gosta de ler porque é muito cansativo e difícil. Aliás, que já lê até demais e o tempo todo quando navega pela internet. E eu até concordaria que de fato você lê e muito quando está passeando pela redes sociais e blogs. Mas há uma diferença significativa que deve levar em conta: buscar por autores que, de uma forma mais profunda, o introduza em determinado assunto que vá do básico - quando necessário - até o nível mais avançado. E isso se consegue a partir da leitura de bons livros ou conversando com pessoas que são referência no assunto.


Na internet, sem desmerecê-la, as informações são rápidas, e na maioria das vezes, não respondem a todas as perguntas feitas e, quando o fazem, é muito superficialmente. Às vezes, é isso mesmo que você quer e isso teria o seu lado bom na medida em que poderia se dar por satisfeito em tirar uma conclusão rápida. Por outro lado, poderia carecer de maiores argumentos e pontos de vistas que poderiam contribuir para distorcer o entendimento.


A leitura é um hábito que se aprende e se desenvolve com a prática diária e se torna extremamente gratificante quando se aprende a escolher boas referências no assunto de seu interesse. No início pode parecer entediante, mas quando o autor começa a te envolver, o maior risco que corre é o de não conseguir parar de ler para descobrir o que acontece no final da leitura.


Uma outra forma de se autoconhecer é aprender a se questionar frente a uma situação em que se encontra. Pergunte a si mesmo o porquê de estar ali e se sentiria melhor se pudesse estar em outro local. Questione-se sobre o que pode fazer para se tornar uma pessoa melhor e como permanecer sendo. Se há algo em si mesmo que não goste, considere os conhecimentos até então adquiridos, em função de sua formação, para rever os seus valores. Faça esses mesmos questionamentos após a leitura de um dado livro. De preferência, escreva sobre si mesmo. A escrita costuma ter função terapêutica.


Quando uma pessoa aprende a si conhecer, ela também aprende a enxergar em si mesma valores que não apenas a ela pertence, mas que também pode ser compartilhado por outras pessoas. Vão haver momentos em que não vai se incomodar mais com o que os outros pensam ou deixam de pensar a seu respeito, pois aprendeu sobre o que é bom para você e, principalmente, que isso faz de você uma pessoa capaz de respeitar a sua própria individualidade e a do outro também. Não se trata aqui de desconsiderar o meio em que vive, mas de fazer parte dele respeitando o seu jeito de ser, assim como respeitará as diferenças dos outros.


Você já deve ter ouvido a frase: “o ambiente molda o seu jeito de ser” ou "o ambiente regula o seu comportamento".


Isso é verdade!


Quando uma pessoa se insere em um dado contexto, você tende a se comportar conforme as regras do local e, sem que perceba, até o vocabulário específico estará usando. Pense em um um grupo de praticantes de atividades físicas, por exemplo, que tende a se sentir motivado a se exercitar em função do apoio e incentivo recebido dos demais. Não somente o vocabulário específico de quem pratica uma dada modalidade esportiva vai passar a fazer parte de seu repertório, como também, se perceberá incentivado por este grupo a superar seus limites. Se é um iniciante, poderá passar a observar como os veteranos alcançaram a performance até aquele momento e os acompanhará para aprender com eles. Ou seja, o seu comportamento tenderá a ser parecido com o daquelas pessoas que praticam o exercício físico que tanto gosta.


Se, você, naturalmente, é uma pessoa que gosta de praticar esportes, talvez não necessite tanto de dicas e apoio desse grupo, ou talvez já faça isso para melhorar alguma habilidade em especial e, seguirá em frente com a prática, independente de contar ou não com a presença deles. Mas, por outro lado, caso não goste, mas ainda sim queira aprender sobre aquela modalidade esportiva, poderá se inspirar em alguém que também não gostava, mas que foi capaz de superar os próprios limites e preconceitos para chegar aonde precisava.


No exemplo acima, quando se trata de fazer uma escolha, o autoconhecimento, nesse sentido, mostra-se muito importante, pois vai levar em consideração suas necessidades e preferências para que se sinta motivado a continuar se exercitando. Quando você se vê mobilizado a fazer algo, não importa o contexto em que se encontre, você acabará por encontrar o caminho certo para alcançar o resultado que espera. Se o ambiente for favorável mais rapidamente atingirá o alvo. Caso contrário, percorrerá um caminho mais longo, mas ao final, alcançar a sua meta.


De um modo geral, se você tem o desejo de se conhecer, busque se informar, leia mais e faça psicoterapia se precisar. A busca pela psicologia não se restringe aos tratamentos de transtornos mentais. Com a ajuda da psicologia, o indivíduo consegue desenvolver habilidades e a lidar melhor com os sofrimentos pelos quais esteja passando. Caso apresente dificuldades de adaptação, poderá contar com o auxílio para se adaptar às mudanças que constantemente surgem e provoca uma saída da zona de conforto. Sem contar que a psicoterapia pode ajudar a melhorar os relacionamentos e a ampliar a consciência de si mesmo e do contexto em que vive.



Ustane Moreira

Psicóloga: CRP 04/14.823

Instagram: @terapiaarteesaude

TikTok: @terapiaarteesaude

Meu link no Terapia, Arte e Saúde: https://terapiaarteesaude.com//profile/ustane


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