
A gente cresce acreditando que “dar conta” é sinônimo de valor. Que quanto mais fazemos, mais somos.
Mas, na vida adulta, essa crença começa a pesar e, aos poucos, a culpa vai tomando espaço.
Culpa por não produzir o suficiente.
Por não estar presente o tempo todo.
Por cansar.
Por não conseguir ser tudo, para todos.
Mas essa culpa fala muito mais sobre o que aprendemos a acreditar do que sobre o que realmente somos.
Ela revela o quanto fomos ensinados a medir nosso valor pelo desempenho, e não pela presença.
Revela o medo de decepcionar.
Revela o quanto esquecemos que ser humano também é não dar conta às vezes.
Talvez o primeiro passo não seja “fazer mais”, mas se permitir sentir.
Entender que há dias em que o corpo pede pausa, e a mente também.
E que isso não é fraqueza : é humanidade.
Quando a gente se escuta com gentileza, a culpa perde força.
E, aos poucos, o lugar que ela ocupava vai sendo preenchido por algo mais leve: aceitação.
A aceitação de ser quem se é com limites, com imperfeições, e com o desejo sincero de estar em paz consigo mesmo.
Psicóloga Gleiziane Baptista
CRP: 05/71550





