
Nos últimos anos, ficou quase impossível abrir as redes sociais sem se deparar com algum conteúdo sobre “energia feminina”. É um mar de frases prontas dizendo que você precisa “se conectar com o seu feminino”, “ser mais receptiva”, “abrir mão do controle” e “abraçar sua delicadeza”.
Mas a impressão que dá é que o tal “cultivar o feminino” virou mais uma cobrança.
Uma lista de exigências disfarçadas de autocuidado.
Como se a gente só pudesse estar bem quando fosse calma, bonita, leve e… perfeita.
O feminino não cabe em um molde
O problema é que essa visão distorcida transforma o “feminino” em um ideal inalcançável. Se você é firme, dizem que precisa ser mais “doce”. Se gosta de independência, falam que precisa “abrir mão do controle”. Se está cansada, é porque “não está vibrando no feminino”.Mais uma vez, a mulher é colocada para se ajustar ao que esperam dela e se sente errada por ser quem é.
Mas será que é isso mesmo?
O olhar da psicologia junguiana sobre o feminino
Na Psicologia Junguiana, feminino e masculino não é sobre padrões de comportamento impostos pela sociedade.
Eles são aspectos psíquicos presentes em todas as pessoas, homens e mulheres.
O feminino, por exemplo, está relacionado à escuta interna, à receptividade para si mesma, à conexão com os ritmos da vida, ao cuidado.
Mas isso não significa passividade.
E o masculino também não significa dureza ou controle: ele está relacionado à ação, à objetividade, ao foco.
O equilíbrio saudável está em integrar esses aspectos dentro de nós, sem tentar caber em estereótipos.
Você não precisa performar o feminino. Você precisa se encontrar.
Cultivar o feminino, no sentido mais profundo, é se reconectar consigo mesma. É perceber como você está, o que sente, o que precisa, o que deseja. É acolher suas partes frágeis, mas também honrar sua força. É ter liberdade de ser intensa ou silenciosa. Ativa ou contemplativa. É ser você. Do seu jeito.
E a psicoterapia pode te ajudar nesse processo
Na psicoterapia, você aprende a reconhecer o que é seu e o que te foi imposto. A identificar padrões inconscientes que te afastam de si mesma.
E, aos poucos, a construir uma relação mais verdadeira com o seu próprio feminino, longe de fórmulas prontas.
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Você não precisa ser mais dócil, mais bonita ou mais perfeita para estar em equilíbrio. Talvez só precise se escutar com mais profundidade.
📍 A psicoterapia pode ser esse espaço seguro de reconexão. Vamos juntas?





