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O silêncio nas relações

Quando o que não é dito pesa mais do que as palavras

8 de set. de 2025

Gustavo Gonçalves Oliveira

Autoconhecimento
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Tem silêncios que não aliviam. Pelo contrário, vão se acumulando entre as pessoas até virar um peso no ar. Você já sentiu isso? Aquela pausa estranha na mesa do jantar, quando ninguém fala sobre o que realmente importa. Ou aquele “tô bem” automático, que todo mundo sabe que não está.

 

O silêncio pode parecer escolha segura. Evita briga, evita exposição, evita mostrar a vulnerabilidade. Só que, no fundo, também evita a chance de encontro.

 

Eu vejo muito isso acontecer em casais: alguém se sente magoado, mas prefere engolir. O outro percebe que algo está errado, mas não pergunta por medo da resposta. E assim, aos poucos, o vínculo vai se desgastando sem que ninguém tenha dito uma palavra.

 

Não é que o silêncio seja sempre ruim. Às vezes ele é pausa, é cuidado, é respiro. O problema é quando ele vira muro. Quando deixa de ser espaço e passa a ser barreira.

 

Numa relação saudável, falar não significa ter sempre a frase perfeita. Muitas vezes é só ter coragem de dizer “eu não sei bem o que sinto, mas preciso dividir”. Essa sinceridade simples já rompe a parede do não-dito.

 

Porque o silêncio, quando é escolha, pode ser presença. Mas quando é fuga, ele acaba sendo solidão compartilhada.

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