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Perfeccionismo: quando querer acertar se torna um peso

Quando a busca por fazer bem feito deixa de ser saudável

23 de ago. de 2025

Ana Paula Silva Rodrigues

Saúde mental
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Buscar excelência é algo que nos impulsiona a crescer, desenvolver novas habilidades e entregar o nosso melhor. Mas quando essa busca se transforma em um peso constante, acompanhada de medo de errar e necessidade de aprovação, estamos entrando na armadilha do perfeccionismo.

 

Brené Brown, pesquisadora e autora de A Coragem de Ser Imperfeito, explica que o perfeccionismo não é sobre se esforçar para ser melhor, mas sobre tentar evitar críticas, rejeição e vergonha. Ou seja, ele está menos relacionado à qualidade do que fazemos e mais ao medo de como seremos percebidos pelos outros.

 

A diferença entre excelência e perfeccionismo

 

É importante diferenciar buscar excelência de ser perfeccionista:

 

  • Excelência: motivada por valores pessoais, crescimento e satisfação em evoluir.
  • Perfeccionismo: motivado por medo de julgamento, busca de aprovação e tentativa de corresponder a expectativas externas.

 

Enquanto a excelência fortalece a autoestima, o perfeccionismo fragiliza, pois nunca parece “bom o suficiente” — não importa o resultado.

 

O impacto do perfeccionismo na vida

 

O perfeccionismo pode trazer consequências sérias:

 

  • Procrastinação: medo de não atingir o padrão ideal leva a adiar tarefas.
  • Autoexigência extrema: sensação constante de inadequação.
  • Ansiedade e esgotamento: desgaste emocional por nunca se sentir satisfeito.
  • Relações prejudicadas: dificuldade de aceitar falhas próprias e alheias.

 

Segundo Brené Brown, o perfeccionismo é uma forma de armadura emocional, usada para tentar evitar críticas, mas que acaba nos afastando da conexão verdadeira com os outros.

 

Como se libertar da armadilha do perfeccionismo

 

  1. Pratique a autocompaixão — aceite que errar é parte do aprendizado.
  2. Defina padrões realistas — pergunte-se se está buscando aprovação ou fazendo algo por seus próprios valores.
  3. Celebre o progresso, não apenas o resultado — valorize cada passo dado.
  4. Permita-se ser vulnerável — compartilhar imperfeições aproxima as pessoas.

 

Conclusão

O perfeccionismo rouba nossa energia, nossa autenticidade e até a nossa alegria. Como ensina Brené Brown, viver de forma plena exige coragem para ser imperfeito e reconhecer que nosso valor não está condicionado ao desempenho perfeito.

A excelência nos impulsiona; o perfeccionismo nos aprisiona. A escolha por qual caminho seguir pode mudar completamente nossa relação com nós mesmos e com o mundo.

 

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