
“Eu faço tudo, mas parece que nunca é o suficiente.”
Essa é uma frase que escuto com frequência nos atendimentos clínicos.br>E talvez você também já tenha sentido isso em algum momento da sua vida.br>Um esforço constante para dar conta de tudo, mas, ainda assim, a sensação de que está sempre em dívida — com os outros, com o trabalho, consigo mesma.
É como se existisse uma cobrança invisível o tempo todo.br>Um padrão inalcançável que dita como você deveria ser, se comportar ou produzir — e que faz com que, por mais que você se esforce, nada pareça satisfatório de verdade.
Viver assim, tentando alcançar esse tal de “suficiente” que nunca chega, é como estar sempre correndo em uma esteira: você se cansa, se entrega, se dedica... mas não sente que sai do lugar.
Essa sensação de insuficiência constante pode afetar sua autoestima, sua autonomia e até a forma como você se relaciona com os outros e com você mesma.
Na análise, é possível investigar de onde vem essa cobrança, por que ela se repete e o que, de fato, está em jogo por trás desse sentimento de estar sempre devendo algo.
Talvez não seja sobre fazer mais. Talvez seja sobre olhar com mais cuidado para o que te faz sentir que nunca é o bastante.