
Voltar para casa nem sempre é voltar a se sentir em casa.
E isso tem muito mais a ver com as suas vivências do que com o Brasil em si...
Eu ouço muitas pessoas falando sobre as dificuldades de morar fora, e pouco sobre as questões de readaptação quando voltam.
E sim, a reaptação pode ser mais dolorida do que a ida...
É por que o retorno pode ser dolorido?
Lá fora, você muda. Amplia horizontes, refina hábitos, descobre uma nova forma de existir. Mas o país que te recebe de volta... esse não mudou com vc...
Quando você se muda para um novo país, seu cérebro entra em modo de alerta e adaptação. Ele se reorganiza, ativa áreas ligadas à aprendizagem, à atenção, à memória. É como se ele dissesse: “Estamos em território novo. Vamos prestar atenção em tudo.”
Essa plasticidade cerebral — essa incrível capacidade de se moldar ao novo — te ajuda a sobreviver, a se integrar, a encontrar novos caminhos. Você cresce, se expande, se reinventa.
Mas quando você volta para o lugar de origem, o cérebro entende que já conhece o terreno. Ele relaxa. Não vê a necessidade de gastar energia se adaptando de novo. Só que você não é mais o mesmo(a). O que antes era familiar agora parece estranho. E é aí que mora a dor do retorno: um cérebro que acha que está voltando ao passado...
Isso não é drama, é realidade emocional
Esse sentimento tem nome: Choque cultural reverso.
Compreender isso é necessário!
Nem todas as pessoas voltam a se conectar com o antigo...
Há quem fique e aprenda a se reinventar no conhecido. E há quem entenda que partir outra vez é um ato de cuidado próprio. Não se trata de certo ou errado. No fim das contas, o mais importante não é onde você está, mas onde você consegue ser inteiro, de verdade.
Vamos conversar, eu posso te ouvir e entender sobre suas questões de imigração.
Te espero.
Helen Santos





