
Há um tipo de cansaço que não se resolve com uma boa noite de sono ou com alguns dias de descanso. É uma exaustão mais profunda, que toca o sentido de viver e parece esvaziar o prazer das coisas. Muitas vezes, isso acontece quando passamos tempo demais nos moldando ao que o mundo espera de nós. Estudar sem pausa, trabalhar sem limites, corresponder às exigências externas, até que, pouco a pouco, vamos nos afastando daquilo que é nosso, daquilo que nasce de dentro.
Nessa lógica, vivemos como se estivéssemos sempre “funcionando”, mas não exatamente vivendo. A espontaneidade vai sendo substituída pela obrigação, e o espaço de criação e de descanso vai desaparecendo. É aí que surge a sensação de estar no limite, de não se reconhecer mais no próprio dia a dia.
Falar dessa exaustão é um primeiro passo para encontrar novas formas de estar no mundo. É também abrir a possibilidade de se reconectar consigo mesmo, de retomar o gosto pela vida e criar espaço para que o que é genuíno volte a aparecer.





