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E quando o que a gente sente não encontra lugar?

Sobre a dor de ser desacreditado e o alívio de descobrir espaços onde sentir é permitido

19 de ago. de 2025

Gustavo Gonçalves Oliveira

Psicologia
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Às vezes, não é preciso gritar para machucar. Um olhar que desdenha, um “não foi nada” diante de uma dor, ou aquele comentário que transforma sentimentos em exagero, tudo isso vai deixando marcas. Esses são sinais de um ambiente invalidante: espaços em que nossas emoções são desacreditadas, diminuídas ou até ridicularizadas.

 

Crescer ou conviver em lugares assim pode gerar a sensação constante de que “estou errado em sentir”. É como se a bússola interna fosse desajustada: a pessoa começa a duvidar do próprio jeito de ser, a engolir o choro, a calar o incômodo, a acreditar que não tem o direito de se expressar. Aos poucos, a espontaneidade dá lugar ao medo de julgamento.

 

Mas reconhecer esse cenário é o primeiro passo para respirar fora dele. Entender que o problema não é “sentir demais”, e sim estar num espaço que não sabe acolher, já abre a porta para buscar relações mais saudáveis. Ambientes validados não precisam ser perfeitos, basta que haja abertura para escuta, respeito pelos sentimentos e espaço para ser quem se é, sem o peso de precisar se justificar a todo momento.

 

No fundo, todo ser humano precisa disso: de um lugar onde sentir não seja visto como fraqueza, mas como parte da vida.

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