
No mundo atual, as relações parecem cada vez mais líquidas: rápidas, superficiais e muitas vezes descartáveis. Esse movimento reflete uma busca constante por gratificação imediata, onde os laços se tornam frágeis, sem profundidade e sem compromisso.
O amor, muitas vezes idealizado como um encontro pleno e sem falhas, carrega em sua essência a marca da incompletude. As relações humanas não são isentas de tensões, frustrações e a sensação de falta. Isso faz parte da experiência do amor, que, ao contrário de ser uma união total, é também uma vivência de desejos não realizados e de busca constante.
Com o advento das redes sociais, as relações se tornam ainda mais efêmeras, muitas vezes mascaradas por aparências e distantes da verdadeira conexão. No entanto, mesmo nesse cenário, há a possibilidade de construirmos laços mais autênticos. Esses laços reconhecem a diferença e a falta do outro, sem a ilusão de completude, e permitem uma construção mais sólida e profunda.
Entender nossas próprias expectativas e idealizações sobre o amor, e como essas influenciam nossos relacionamentos, pode abrir espaço para a criação de vínculos mais genuínos, respeitando as imperfeições e a alteridade de cada sujeito.
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